Nosso Amor: Zeek & Jillian (Mercy, de M. N. Forgy - Livro 1)



Li poucos livros com protagonistas MC e nenhum deles chegou a me envolver ou fazer jus ao que imaginei de um MC; porém isso deve ter acontecido porque não estava lendo o livro certo, ou não tinha encontrado a autora que iria mudar isso.




E aqui está ela: M. N. Forgy. Ela sim fez tudo mudar e as 239 páginas voaram como se fosse poucas. Na verdade foram insuficientes!

"Matei o meu pai, sim. Ao longo dos anos, o pensamento tornou-se inquietante. E não gosto de falar sobre isso."

Zeek é um fora da lei como já diz o nome da série que é homônimo ao nome do clube de motoqueiros que faz parte. Jillian vive segundo as regras da academia de polícia que acabou de se formar. O que poderia sair da união desses dois? Pode deixar que respondo: o melhor romance proibido que eu já li.

Jillian e Zeek são tão imperfeitos um para o outro que ao se conhecerem percebem a ironia do fato de se sentirem atraídos. Eles sabem que por se aproximarem pode resultar em consequências irreversíveis, mas quando estão juntos é tão bom e diferente de tudo que já sentiram antes que os resultados de suas ações acabam ficando em segundo plano.

Isto é obsessão. Isto é paixão. Isto é vício. É cru, real, e vai me destruir no final.

Amei a Jillian. Sua força com as decisões que toma mesmo com a superproteção dos pais, a tornou a protagonista digna de se admirar. Mesmo que às vezes sinta medo do que Zeek é capaz, achei interessante a autora ter explorado a vulnerabilidade dela em algumas cenas, tornando-a humana e mais como eu e você.

Trabalhei tão duro para conseguir chegar onde estou, e eu estou jogando para fora da janela por flertar com o lado escuro. Eu sou a luz, eu sou a única que faz a paz, mas eu estou ficando molhada com a ideia de explorar o mundo tóxico de um Outlaw.



Já Zeek, infelizmente tenho algumas ressalvas, e foi esse o motivo de ter baixado minha nota na hora de avaliar o livro. Primeiro, o fato dele não ter um pingo de respeito pelas mulheres no livro, chamando-as de vadia. Por mais que elas realmente fosse, não sei, fiquei com o pé atrás e fiz cara feia quando as palavras saiam da boca dele. Até mesmo com Jillian, por vezes ele era um babaca arrogante e pretensioso, que a tratava rispidamente. Apenas sei que esse tipo de comportamento masculino em livros não me atrai mais.

— Você é a primeira luz na minha vida depois de viver uma vida na escuridão.

Mas fora isso, gostei muito da construção da história de vida do personagem. Zeek é bem fechado, cheio de segredos e está tentando lutar contra um sistema que não era o que imaginava estar vivendo. Seu clube é sua vida, mas a influência de seu tio Frank tem impossibilitado levar a vida como quer.

— Algo que você precisa entender é que você pode ter pensado que eu era louco antes, mas agora que você está na minha vida, eu sou dez vezes pior. Você me dá um propósito, e eu serei amaldiçoado se deixar alguém desrespeitar você.

E com certeza, todo o louvor vai para a autora que fez um livro incrível de se ler. O que encontrei em Reign foi o que queria ter visto em outros livros do gênero: mais ação e me sentir submersa no mundo MC. A autora fez isso muito bem! Sinceramente, para personagens que se dizem violentos e sanguinários, algumas autoras dão vida a homens que depois de encontrar um alvo feminino e se apaixonarem viram verdadeiros mariquinhas apaixonados. A verdade é que eu queria ver o que a vida deles mostrava na sinopse: tiros rolando, ação, sangue, violência e intimidação de verdade. Não queria mais um romance bobinho que eu posso encontrar em qualquer outro livro. E fiquei completamente louca durante a leitura de Reign pois a autora saciou minha necessidade desse quê a mais.

Reign foi uma leitura maravilhosa e foi muito fluida e cativante. Mal posso contar os minutos em pegar Mercy e viver esse mundo novamente, até porque M.N. Forgy é a deusa dos plot twists e cliffhanger. Estou ainda sem ar...


0 comentários: